sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Ensaio Fotográfio [ De Mãos Dadas ]

Ainda tendo a fotografia como referência e querendo expandir as experiências estéticas dos meninos, a minha proposta foi de que realizássemos um ensaio fotográfico, expliquei o conceito básico de um ensaio e apresentei o trabalho do artista brasileiro Michel Groisman.

O Michel é um artista que se vale de diferentes meios para a realização de seus trabalhos, mas que tem como base a questão do corpo. Mostrei uma série de trabalhos chamados “Porta das Mãos”, para mais informações visite a página do artista (em inglês)

>> Fotos




Reproduzimos as imagens disponíveis no site do artista apenas para fins didáticos (Todos os direitos reservados / Michel Groisman)

>> Vídeo


A ideia foi de fazermos um ensaio fotográfico onde as mãos dos alunos fossem o assunto principal, diferente da abordagem do Michel, onde os movimentos são feitos individualmente, propus que os alunos descobrissem novos modos de se cumprimentarem trabalhando em duplas, o objetivo era fazer com que eles percebessem novos movimentos para suas próprias mãos, que dialogassem com os colegas no sentido de encontrar uma “pose ideal” e ao mesmo tempo estreitar os laços de amizade entre todos.

As imagens se revelaram poderosas e plenas de significados simbólicos, algumas vezes delicados, outras fortes e até mesmo agressivas. Os meninos literalmente falaram com as mãos.

Turma 2001

Turma 2002

Turma 2003

Turma 2004



CIANOTIPIA [ A LUZ QUE DESENHA IMAGENS ]


Com meus alunos do Ensino Médio desenvolvo meu curso pensando basicamente em arte moderna e contemporânea, em função disso creio ser importante que eles compreendam o impacto que a invenção da fotografia teve sobre os processos artísticos. Por isso mesmo, sempre desenvolvo atividades que permitam aos alunos compreenderem os rudimentos do processo fotográfico.

Este ano resolvi fazer Cianotipias, pesquisei e li tudo que pude sobre o assunto. Uma referência importante foi o blog “Alternativa Fotográfica. Consegui muita informação e também comprei com o autor do blog, o Fabio Giorgi, uma pequena quantidade dos químicos necessários para sensibilizar o papel. Entretanto o processo de sensibilização requer um quarto escuro e isso foi um problema, pois não teria o espaço necessário na escola. Então a opção foi conseguir o papel já sensibilizado, entretanto esse tipo de papel não é vendido no Brasil, com a vontade de fazer o trabalho aumentando, não me restou alternativa senão comprar o papel na Amazon. No final do texto veja o link para o papel que utilizei.

Mas afinal de contas o que é uma cianotipia?

“A cianotipia foi um dos primeiros processos de impressão fotográfica em papel. Foi descoberta por Sir John Herschel, notável cientista, cuja atividade principal era a astronomia, tendo feito diversos achados neste campo.

A cianotipia tem este nome porque as imagens assim produzidas apresentam-se em azul. Isto acontece pelo fato de se basear em sais de ferro e não prata. Também é conhecida como ferroprussiato ou "Blueprint".

Não é um processo para produzir negativos, mas cópias em papel. A cópia é obtida por contato, quando o papel sensibilizado e exposto à luz do sol. Após o tempo de exposição, a folha de papel é lavada em água corrente por alguns minutos e, ao secar, a imagem adquire tons azuis bem saturados.” (Texto adaptado)


Expliquei todo o processo para os alunos, para que pudessem ter alguma autonomia durante a realização do trabalho. Os resultados falam por si só. Vejam as imagens. :D

>> Coletando e organizando os materiais <<






>> Expondo ao Sol <<




>> Revelando / Lavando <<



>> Secando <<

>> No mural <<



>> Alguns trabalhos finalizados <<





Além de trabalhar a questão da fotografia essa atividade colabora para a compreensão de outros conceitos, como composição, por exemplo.

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Existem outras marcas e medidas diferentes, também é possível comprar tecido sensibilizado.